quarta-feira, 22 de maio de 2013

VESTES DOS TEMPOS BÍBLICOS

Vestes dos tempos bíblicos

O guarda-roupa do indivíduo que vivia nos tempos bíblicos era básico. Uma tanga (talvez) era usada por baixo da túnica, e também se usava alguma forma de cobertura para a cabeça. Calçados e casaco eram opcionais. As pequenas variações nesse padrão durante os dias bíblicos ficavam no terreno das cores, material e estilo, em vez de nas provisões básicas, pois roupas desse tipo se adaptavam melhor a um clima relativamente quente. Paulo usava a túnica presa na cintura por um cinto, como uma metáfora para o estilo de vida do povo escolhido de Deus (Cl 3. 12), e todos compreendiam que ele falava do que era básico.
A roupa de baixo, quando usada, era um tanga ou saiote. Pedro usava a tanga quando ficava “nu” ou “despido” no barco de pesca da família (Jo 21.7). jesus foi crucificado usando apenas a tanga, porque os soldados já haviam removido sua túnica (Jo 19.23).

A Túnica

A túnica era peça essencial, sendo feita de dois pedaços de material, costurado de forma que a costura ficasse horizontal, á altura da cintura. Quando eram tecidas listas no material do tear, elas caíam verticalmente no tecido acabado. A túnica era como um saco em muitos aspectos. Havia uma abertura em V para a cabeça, e cortes feitos nas duas laterais para os braços. A túnica era geralmente vendida sem a abertura em V, para provar que era realmente nova. O material podia ser lã, linho ou até algodão, segundo as posses do usuário. As túnicas feitas de pano de saco ou pêlo de cabra eram muito desconfortáveis por causarem irritação na pele. Só eram então usadas em épocas de luto ou arrependimento.
As túnicas masculinas eram quase sempre curtas coloridas; as das mulheres chegavam aos tornozelos e eram azuis, com bordados no decote em “V”, o que em alguns casos indicava a aldeia ou região do usuário. A túnica usada por Jesus deve ter sido da última moda, por não ter a costura central. Teares preparados para acomodar o comprimento total da túnica só foram inventados nos seus dias ( Jo 19.23).
A túnica era presa á cintura por um cinto de couro ou tecido áspero. O cinto tinha ás vezes um abertura, para colocar um bolso onde guardar dinheiro ou outros pertences pessoais (Mc 6.8). o cinto era também útil para enfiar armas ou ferramentas (1Sm 15.13). Quando os homens precisavam de liberdade para trabalhar ou correr, levantavam a barra da túnica e a prendiam no cinto, tendo assim maior liberdade de movimento. Isso era chamado de “cingir os lombos”, e a frase tonou-se uma metáfora para os preparativos. Pedro recomenda, por exemplo, discernimento claro, aconselhado os cristãos a cingirem o seu entendimento (1Pe 1. 13 ). As mulheres também levantavam a barra da túnica – no caso delas- para levarem coisas de um lugar para outro. Não eram usadas roupas de dormir no fim do dia; o cinto era afrouxado e a pessoa deitava-se com a sua túnica.

O Manto

Quando o indivíduo era suficientemente rico para comprá-lo. Ou quando o frio exigia, um manto (ou capa) era usado por sobre a túnica. Os mantos eram feitos de duas formas. No campo, onde o calor era determinante, eles enrolavam material pesado de lã ao redor do copo. Costurando-o na altura dos ombros e abrindo fendas para a passagem dos braços. O manto era a única forma de proteção para muitos, portanto, mesmo que recebido como penhor de um empréstimo, ele tinha de ser devolvido ao dono antes do anoitecer para que pudesse agasalhar-se na friagem da noite (Ex 22. 26, 27). Pela mesma razão um tribunal judeu jamais daria um manto com recompensa.
O outro tipo de manto era como um vestido frouxo com mangas largas. Quando feito de seda era um traje de gala, e o indivíduo rico jamais sairia de casa sem ele. Os fariseus usavam franjas azuis na orla de seus mantos, a fim de que outros vissem que eles guardavam a lei registrada em Números 15. 38,39. Em vista de essa prática tender ao exibicionismo, ela foi condenada por Jesus (Mt 23.5). A mulher que sofria de hemorragia quis provavelmente tocar essa extremidade do manto de Jesus (Mt 9.20)


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